
Vou iniciar contando um pouco da experiência que tive em 2008 quando recebi em minha turma de primeiro ano do ensino fundamental um aluno com necessidades educativas especiais. Este aluno que prefiro não citar o nome tem 12 anos, até seus quatro anos era uma criança normal, foi então atropelado e ficou com seqüelas. Passou por várias cirurgias na cabeça, pois o acidente afetou seu cérebro deixando-o com problemas motores e na linguagem. No início achei que não ia conseguir minha escola não possui estrutura para receber alunos com necessidades especiais. O desafio foi grande, pois ele é um aluno que precisa do apoio de alguém para se locomover para isso contei com o apoio de todo o pessoal da escola principalmente de seus coleguinhas de turma (30 alunos). Tenho muito orgulho de poder estar falando sobre este menino, ele é muito esforçado e sempre tentou realizar as atividades propostas mostrando um bom desempenho. A professora que está com ele hoje disse que ele é um aluno nota 10. Sinto-me muito satisfeita com essa colocação, disse que fiz um ótimo trabalho, tenho plena consciência disso.
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DESCRIÇÃO DA ESCOLA EM QUE TRABALHO
Minha escola está localizada na rua Fernando Ferrari, 474 pda 56 em Alvorada.
Atende pela manhã 492 alunos de 5ª a 8ª séries, 486 de 1ª a 4ª séries no turno da tarde e 259 no SEJA a noite.
Ela é composta por 15 salas de aula, refeitório, laboratório de aprendizagem ( são atendidos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem), uma biblioteca bem ampla e bem equipada, mas infelizmente não temos um profissional que possa atender nossos alunos e nós com os alunos não podemos visitá-la, pois atualmente está servindo de depósito de livros. Sala de vídeo com televisão de 29 polegadas e três rádios. Sala de informática com 32 computadores, mas também não tem um professor para especializado para trabalhar com os alunos, sala da direção, vice-direção, secretaria onde trabalham 2 secretárias. Sala dos professores que acolhe durante o dia 60 professores que estão divididos nos 3 turnos. Dois banheiros para os professores, 6 para as meninas, 6 para os meninos e 1 com chuveiro para os funcionários que são 8 divididos para cozinha, portão e limpeza. Contamos também com uma grande quadra de Esportes que está para ser inaugurada, pois ainda está em obras, estou na mesma escola a 10 anos e lutamos muito para conseguir uma quadra coberta, agora nosso sonho está sendo realizado.
A escola possui uma diretora, 2 vice- diretores pela manhã, 2 vices-diretores pela tarde e 1 vice-diretor a noite. Nós temos no turno da tarde o aluno de 12 anos com necessidade educativa especial que descrevi na atividade anterior. Noite temos o aluno Anderson da Silva de 17 anos na Totalidade 4 que corresponde a 5ª série, seu Miguel de 50 anos e dona Terezinha de 51 ambos na Totalidade 1 que corresponde a 1ª série. O turno da noite tem até a Totalidade 6 que corresponde a 8ª série o ano letivo do SEJA tem início e término diferente do dia, durante o ano eles podem avançar de para outra Totalidade, mas a formatura só é feita no final do ano com os alunos de 8ª série.
Nossos alunos com necessidades educativas especiais não recebem atendimento especial, o município não tem profissionais especializados para atendê-los, o professor faz o que pode e só conta com o apoio da direção.
Professora, vou tentar fazer um mosaico com fotos da escola para postar aqui.
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Esta reportagem eu assisti no bom dia Rio Grande e gostaria de dividir com vocês!
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=59113&channel=45
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Reportagem da Revista Nova Escola ( abril-2009)
Falar com as mãos
Levar os surdos para a sala regular exige nova postura do professor, tato para lidar com o intérprete e, acredite, muitas explicações orais
Cinthia Rodrigues (novaescola@atleitor.com.br) WriteAutor('Cinthia Rodrigues');
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Comments (10)
Simone Ramminger said
at 11:53 pm on May 5, 2009
Olá Roselana!
"O dossiê de inclusão visa contribuir para a busca de sentido na produção de conhecimentos no transcorrer de nossos estudos. Este documento busca a completude de suas descobertas em que o respeito às singularidades será respeitado na medida em que cada aluno(a) será encorajado à reflexão e a sistematização de suas experiências num formato original capaz de apontar para as conquistas individuais."
Parabéns! Criaste o pbwiki para o Dossiê, me enviaste o e-mail com o endereço, me deste acesso a ele e fizeste o relato de experiência. Esperamos que este possa ser um espaço de registros, reflexões e grandes aprendizagens.
Um abraço, Simone - Tutora sede EPNE
Simone Ramminger said
at 3:25 pm on May 7, 2009
Roselana ao ler o teu relato, observei que procuraste preservar a identidade do aluno. Isso é muito importante. Como os colegas o receberam na turma? Tiveste outros alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) em outros anos? Referes: "No início achei que não ia conseguir minha escola não possui estrutura para receber alunos com necessidades especiais." Como foi para ti recebê-lo na tua sala de aula? Conta mais como trabalhaste com ele, quais recursos utilizaste, como foi o processo de aprendizagem dele...
Um abraço, Simone - Tutora sede EPNE
Simone Ramminger said
at 3:53 pm on May 7, 2009
Roselana apresentas uma descrição bem detalhada da tua escola e dos alunos com NEE que vocês atendem. É uma pena que a biblioteca da escola esteja servindo de "depósito de livros". É um ambiente tão rico e de muitas aprendizagens para as crianças. Consegues pelo menos trabalhar com os livros na sala de aula? O que mais sabes sobre o trabalho do laboratório de aprendizagem?
Precisas ainda integrar o teu relato com os textos lidos (que estão muito interessantes!). Aproveita a semana de recuperação para fazer essa complementação.
Abraço, Simone - Tutora sede EPNE
roselanarodrigues@... said
at 6:23 pm on May 7, 2009
Oi Simone, esse aluno foi muito bem recebido pelos colegas. Minha turma de 2008 era maravilhosa, apesar deste aluno ser bem maior que os outros ele foi muito bem recebido, sua integração foi rápida. Trabalho 10 anos no município e esta foi a 1º vez que trabalhei com um aluno NEE. Por ser mãe fui aescolhida para trabalhar com esse aluno em uma turma de 30 crianças a direção por que disseram que teria mais sensibilidade. Como tinha muitos alunos e sem monitora não conseguia trabalhar mais diretamente com ele contava muito com a ajuda dos colegas da sala. Ele fazia as mesmas atividades dos outros.
Simone quanto aos livros levo para a sala de aula e faço leitura para eles, esta semana trabalhei "Se as Coisas Fossem Mães". Tenho também a caixa com livrinhos que eles trazem. Deixo eles manusiar olhar e depois escolhemos em conjunto o livro que vamos trabalhar. O laboratório de aprendizagem atende os alunos com dificuldades na aprendizagem, na minha escola os alunos de 1ºano não são atendidos no laboratório, pois só tem uma professora para trabalhar com todos os alunos que precisam.
Simone Ramminger said
at 12:39 pm on May 16, 2009
Roselana podes integrar ao teu relato essas informações interessantes que registraste aí em cima. Vai enriquecê-lo.
Na atividade solicitada na unidade 3, relatas o trabalho realizado na CIR em Alvorada e quantos alunos são atendidos. Lembra de registrar a fonte de onde tiraste essas informações. Existem outros serviços oferecidos ou só esse?
Conseguiste ler o texto "Atendimento Educacional Especializado – concepção, princípios e aspectos organizacionais" de Alves e Gotti? Destaco um parágrafo do texto: "O atendimento educacional especializado diferencia-se substancialmente da escolarização. Deve ser oferecido em horário oposto à escolarização justamente para que os alunos possam freqüentar as turmas de ensino regular. Estas turmas, com alunos da mesma faixa etária, constituem ambiente adequado e desafiador para o desenvolvimento da socialização e construção do conhecimento. Cabe ressaltar a necessidade de que o atendimento educacional especializado se dê em interface com o trabalho desenvolvido na sala de aula comum." (p.76) Observas alguma relação entre o trabalho desenvolvido nessa instituição de Alvorada com o da tua escola?
Precisas ainda selecionar o sujeito para o teu estudo de caso. Mandei por email informações sobre a atividade da unidade 4, que é a continuação do estudo de caso. Qualquer dúvida, faça contato.
Um abraço, Simone - Tutora
roselanarodrigues@... said
at 2:48 pm on May 23, 2009
Oi Simone, já iniciei a leitura do texto "Atendimento Educacional Especializado". Quem me forneceu os dados da CIR foi uma colega que está trabalhando lá. Temos também a APAE, mas tem várias crianças aguardando uma vaga.
Um grande abraço e bom final de semana!!!!
Simone Ramminger said
at 12:51 am on May 28, 2009
Roselana vejo que já escolheste e registraste alguns dados sobre o sujeito do teu estudo de caso. Observei que procuraste preservar a identidade do menino, isso é importante. Sabes com quem ele mora? Ele tem irmãos?
Nos materiais da unidade 4 tem um texto: "Conhecendo o aluno com deficiência física" de Bersch e Machado, de onde destaco um parágrafo : "A deficiência, vale lembrar, é marcada pela perda de uma das funções do ser humano, seja ela física, psicológica ou sensorial. O indivíduo pode, assim, ter uma deficiência, mas isso não significa necessariamente que ele seja incapaz; a incapacidade poderá ser minimizada quando o meio lhe possibilitar acessos." (p.21) Por isso a importância do apoio e estímulo da família, da escola e de profissionais especializados. Assim que fores descobrindo mais informações sobre o caso podes ir acrescentando aqui.
Um abraço, Simone - Tutora sede EPNE
maurentezzari@... said
at 3:25 pm on Jun 9, 2009
Olá Roselana, teu dossiê está interessante e vou pontuar algumas coisas para que tu enriqueça-o ainda mais: a tua escola pertence à rede estadual ou municipal? Que outros serviços de atendimento existem no município de Alvorada?A APAE funciona como escola ou presta atendimentos especializados? A reportagem da Revista Nova Escola é muito interessante, mas é preciso que tu estabeleças a relação com o teu dossiê para otrnar claro o motivo dessa inserção. Sugiro que tu coloques um título para a partei onde tu começas a escrever sobre a CIR. As respostas a essas questões devem ser incorporadas ao teu texto, para "recheá-lo". Espero que consegas colocar o mosaico com as fotos da tua escola. Qualquer dúvida, entra em contato. Abçs, Mauren
Simone Ramminger said
at 11:19 pm on Jun 22, 2009
Roselana fizeste a postagem da atividade solicitada na unidade 4 e trouxeste algumas informações solicitadas na unidade 5, como atendimentos complementares especializados que o aluno tem. Podes falar mais das dificuldades que o aluno V. apresenta, da sua aprendizagem... Os materiais da unidade 4 devem te ajudar neste estudo de caso.
Aguardamos a postagem da atividade da unidade 6.
A atividade da última unidade, a 7, já está disponível no Rooda, em aulas e deve ser postada até dia 03/07.
Qualquer dúvida, faça contato.
Um abraço, Simone - Tutora sede EPNE
Simone Ramminger said
at 1:19 am on Jul 5, 2009
Roselana observo que trouxeste algumas informações solicitadas na atividade 6. Comentas sobre o relacionamento da aluna com os colegas e professora e sobre sua aprendizagem. Qual o envolvimento da família no processo de inclusão?
Ele manifesta interesse por alguma coisa em sala de aula? A professora trabalha de maneira diferenciada com ele? Sabes como é a rotina de V. fora da escola? O que mais sabes sobre o pai do menino?
Que aproximações existem entre as idéias trazidas nos textos da unidade 7 sobre avaliação e teu estudo de caso?
No texto "A rede de interações" Pistóia comenta que "o ser humano é o resultado de suas interações e a vida é a busca incessante por novos conhecimentos. Estes novos conhecimentos, de forma nenhuma, representam um investimento em vão. Eles são a efetivação do que se pretende, em termos de proposta educativa para os alunos em situação de desvantagem. São estes que constituem-se no maior desafio a ser enfrentado, pois representam a mudança radical no atual panorama educacional. Um dado extremamente relevante é que a transformação proposta pela educação inclusiva está a desacomodar todos os sujeitos envolvidos nas relações escolares, pois não são apenas os alunos em situação de desvantagem que precisam “estar inseridos”, são todos os sujeitos da prática educativa. Todos aqueles que estarão envolvidos nas transformações propostas, no âmbito educativo, buscando incessantemente o conhecimento." Que outros pontos te chamam a atenção nesse texto e que podes relacionar com a tua prática?
Tu acredita que esta interdisciplina contribuiu para a tua prática em sala de aula?
Aguardamos as conclusões do teu estudo de caso, que devem vir integradas com os materiais lidos e vistos ao longo do semestre. Ok?
Qualquer dúvida, faça contato.
Um abraço, Simone - tutora sede EPNE
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